Autonomoz completa oito anos e avança como alternativa ao transporte corporativo


Sediada
 em Curitiba, a empresa estruturou um modelo de mobilidade corporativa compartilhada que substitui frotas próprias, melhora a previsibilidade dos deslocamentos e atende operações onde a mobilidade urbana não chega


A Autonomoz alcança o oitavo ano de operação em 2025 com um modelo de negócio que ganhou espaço entre empresas que precisam transportar equipes fora das áreas atendidas pela mobilidade urbana tradicional. Fundada em Cuiabá (MT) e atualmente sediada em Curitiba (PR), a companhia desenvolveu uma solução de mobilidade corporativa baseada em uma rede de motoristas parceiros autônomos e em tecnologia de monitoramento, capaz de oferecer mais previsibilidade, segurança e eficiência em rotas críticas para setores como ferrovia, energia, mineração e agronegócio.

O marco coincide com a consolidação de um mercado que exige deslocamentos contínuos, em horários variados e muitas vezes longe de centros urbanos. Nesse cenário, frotas próprias podem ser caras e difíceis de manter, enquanto modelos urbanos de transporte nem sempre atendem demandas que dependem de regularidade. A lacuna abriu espaço para soluções compartilhadas, sustentadas por dados e orientadas ao uso racional dos veículos.

Foi nesse contexto que a Autonomoz consolidou sua atuação. Como explica Leandro Farias, fundador da empresa, a alternativa foi substituir estruturas próprias de transporte por uma rede de motoristas parceiros organizada por tecnologia. “O modelo reúne pedidos de deslocamento, direciona rotas, monitora viagens e entrega às empresas dados de operação em tempo real, garantindo regularidade, segurança e melhor aproveitamento dos recursos de transporte”, comenta Farias. Hoje, a empresa cobre 175 cidades, percorre mais de 25 milhões de quilômetros por ano e projeta faturamento próximo de R$ 15 milhões em 2025.

De processos manuais à plataforma nacional
A trajetória da Autonomoz começou em Cuiabá (MT), como um centro de controle operacional, monitorando viagens de fretamento rodoviário 24 horas por dia.

A partir do problema logístico de um de seus clientes, Leandro Farias e o irmão – o também sócio-fundador Mauricio Farias idealizaram uma plataforma que conecta diretamente às necessidades de grandes companhias à oferta distribuída de motoristas autônomos. “O que começou como centro de controle operacional migrou, então, para uma plataforma de mobilidade corporativa”, lembra Farias.

Em 2022 transferiu sua sede para Curitiba (PR), uma capital que melhor atendia às necessidades daquele negócio em expansão, incluindo a oferta de mão de obra qualificada e incentivo fiscal via o programa municipal Tecnoparque.

Hoje, ocupa três andares em Curitiba, mantém uma equipe de mais de 120 profissionais e conta com mais de 900 motoristas parceiros distribuídos pelo país.

Oito anos, escala e novos mercados
Chegar aos oito anos tem valor simbólico e estatístico no ambiente empresarial brasileiro. Segundo o IBGE, 60% das companhias encerram as atividades antes de completar cinco anos. A Autonomoz não apenas superou essa barreira como estruturou um modelo que combina eficiência operacional, escalabilidade e controle sobre as viagens corporativas.

“Superados os desafios iniciais, o plano para os próximos anos é de hipercrescimento e ganho de escala”, projeta Farias. A empresa pretende ampliar presença em novas regiões, aprofundar sua atuação em operações remotas e avaliar oportunidades em mercados vizinhos na América do Sul.

O próprio nome da companhia foi pensado para esse movimento de internacionalização. “A escolha de ‘Autonomoz’, com ‘z’ ao final, aproxima a pronúncia de ‘autonomous’, referência tanto aos profissionais autônomos quanto ao futuro dos veículos autônomos e à possibilidade de internacionalização”, explica o fundador.

Leandro Farias avalia que setores que operam veículos, máquinas, equipamentos e seus respectivos motoristas e operadores, devem sentir, nos próximos anos, os efeitos da economia de compartilhada, automação e inteligência embarcada. Nesse cenário, a posição da Autonomoz como intermediária entre empresas, tecnologia e profissionais cria espaço para novos formatos de operação. “A expectativa é que a plataforma, que hoje organiza motoristas e veículos leves, evolua para um ecossistema completo de soluções de mobilidade, incluindo verticais de logística de carga, equipamentos de linha amarela, máquinas agrícolas e serviços urbanos.

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