Brasil Registra Superávit Acumulado de US$ 2,7 bilhões com o Canadá Impulsionado por Recorde nas Exportações em 2025

 


 

O Brasil registrou, em 2025, um superávit acumulado de US$ 2,7 bilhões na balança comercial com o Canadá, resultado direto do avanço expressivo das exportações brasileiras ao longo dos três primeiros trimestres do ano. Os dados são do Quick Trade Facts (QTF), relatório trimestral da Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC), que apontou que o fluxo comercial entre os dois países alcançou US$ 5,08 bilhões, alta de 14% em relação ao mesmo período de 2024.

As importações brasileiras vindas do Canadá também cresceram. De acordo com o relatório, elas somaram US$ 2,36 bilhões, o que representa um aumento acumulado de 7% na comparação anual. Ainda assim, o ritmo das exportações do Brasil foi mais acelerado, assegurando ao país um superávit recorde no período.

Especialistas da CCBC destacam que a ampliação das vendas brasileiras chama a atenção porque ocorreu mesmo diante da valorização gradual do real frente ao dólar canadense, cenário que, em geral, encarece os produtos nacionais no exterior e tende a reduzir o volume exportado. Contudo, o comportamento observado em 2025 seguiu na direção contrária. “Esse crescimento mostra que os produtos brasileiros não apenas preservaram sua competitividade, como também ampliaram sua presença no mercado canadense. Mesmo com um câmbio menos favorável para exportar, a qualidade e a diversidade do portfólio brasileiro fizeram diferença”, afirma Wagner França, Coordenador de Consultoria de Comércio Exterior na Econet Editora.

Entre os principais itens que impulsionaram as vendas ao Canadá estão ouro em bruto, café, carne suína, além de produtos do setor mineral e da indústria de transformação. O relatório também registra que a participação dos itens brasileiros nas importações totais canadenses subiu de 1,7% para 2% em 2025, movimento que indica não apenas um aumento pontual na demanda, mas uma abertura consistente do mercado canadense aos produtos nacionais.

Para Wagner, esse cenário representa uma mudança estratégica relevante. “É um sinal claro de que novas oportunidades estão se consolidando para os exportadores brasileiros. O crescimento da participação brasileira nas importações canadenses mostra que o país tem buscado diversificar seus fornecedores, e o Brasil tem respondido com capacidade competitiva.”

O desempenho ganha ainda mais peso diante da redução das vendas brasileiras aos Estados Unidos, historicamente o principal parceiro comercial do Brasil. O enfraquecimento desse fluxo tem levado empresas exportadoras a buscar novos destinos, entre eles o mercado canadense, que demonstra maior estabilidade e abertura da demanda. “A queda nas exportações para os Estados Unidos obrigou muitos setores a repensarem seus destinos prioritários, e o Canadá tem surgido como alternativa sólida”, observa Wagner, lembrando que se trata de um mercado que valoriza produtos de alta qualidade e mantém relações comerciais previsíveis. Esse ambiente cria condições favoráveis para que o Brasil amplie ainda mais sua presença nos próximos anos.

Com exportações em expansão, ganho de market share e superávit fortalecido, a relação bilateral entre Brasil e Canadá se intensifica e aponta para um cenário de oportunidades crescentes para empresas que desejam ampliar sua atuação no comércio exterior.

A reconfiguração do comércio internacional, somada ao avanço brasileiro em mercados como o canadense, evidencia que este é o momento ideal para aprofundar discussões sobre impactos, projeções e caminhos estratégicos para o setor exportador no próximo ciclo econômico.

 

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